mapeamento

O Mapeamento do Corpo Crítico Cinematográfico Negro Brasileiro foi lançado em dezembro de 2021, com o intuito de localizar, quantificar e produzir uma cartografia do cenário da crítica de cinema no Brasil, a partir das corporeidades negras. Um formulário permaneceu aberto por cerca de seis meses, onde colaboradores e colaboradoras puderam inserir seus dados e compartilhar sobre sua experiência com a crítica cinematográfica. Nesse tempo, 49 críticos e críticas contribuíram com a pesquisa. Sabemos, desde já, que um mapeamento nunca será completo. Entendemos que pesquisas como essa jamais resultarão em dados e análises absolutas, mas podem nos auxiliar a entender um pouco mais desse corpo crítico em expansão. Ressaltamos ainda que os dados abaixo foram colhidos com base na autodeclaração das pessoas colaboradoras, sem a utilização de processos de heteroidentificação ou demais métodos de identificação racial. Além dos gráficos que dimensionam o quadro de gênero, sexualidade, etário e de regionalidade, vocês poderão acessar os perfis individuais de todas as pessoas que participaram desse projeto, onde estão reunidas informações básicas sobre cada uma delas. Em breve, publicaremos um artigo com uma análise mais complexa e detalhada do material recebido. Gostariamos de sinalizar que o formulário do Mapeamento do Corpo Crítico Cinematográfico Negro Brasileiro estará aberto, aqui no site da INDETERMINAÇÕES, para acompanharmos a presença de profissionais da crítica de cinema no Brasil. A ideia é que, a cada seis meses, ao menos, a galeria com as(os) colaboradores seja atualizada. Nós, da INDETERMINAÇÕES - plataforma de crítica e cinema negro brasileiro, agradecemos a colaboração de todas, todes e todos. Confira abaixo os resultados parciais deste projeto!

Em relação à autoidentificação racial, 80% dos críticos e críticas se identificaram como “pretas(os/es)”, enquanto 20% se identificaram como “pardas(os/es)”.

Referente à identidade de gênero, a maioria se identificou como “Homem Cisgênero”: 56%. 40% das colaboradoras dessa pesquisa se identificam como “Mulher Cisgênera”. Apenas 2% se identificaram como “Não-binárie” e “Outro”. Não houve nenhuma pessoa identificada como “Homem Trans”, “Mulher Trans” ou “Travesti”. Relativo à orientação sexual, grande parte se autoidentifica como “heterossexual” sendo composto por 52%, enquanto 24% como “bissexual”, 14% como “homossexual” e 6% preferiram não informar.

Quanto ao estado onde nasceu, São Paulo e Rio de Janeiro concentram, respectivamente, 26% e 16% dos colaboradores e colaboradoras. Seguido por Minas Gerais e Bahia, ambos com 14%. Espírito Santo, Pernambuco e o Distrito Federal registraram 6%, acompanhados por Pará e Ceará, que ocuparam 4% da pesquisa. Por fim, apenas 2% estão registrados nos estados de Alagoas, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. Não houve nenhum registro de nascimento no Sul do país. Referente à região onde nasceu, o Sudeste também concentra 62% das respostas, seguido por 28% do Nordeste, 8% do Centro-Oeste e apenas 2% no Norte. Não houve nenhum registro de nascimento no Sul do país.

Quanto ao estado onde se reside, São Paulo e Rio de Janeiro concentram 26% e 16% das respostas. Seguidos por Minas Gerais e Bahia , cada estado com 14%. Pernambuco e Distrito Federal registraram 6%. Alagoas, Ceará, e Espírito Santo ocupam 4% cada. Por fim, os estados do Rio Grande do Norte e Amazonas com 2%. Nenhuma residência no Sul do país foi registrada. A Região Sudeste concentra a residência da maior parte dos colaboradores: 60%. O Nordeste conta com 30% das colaboradoras e colaboradores, acompanhado por Centro-Oeste, 8%, e Norte, com apenas 2%. Não há registros de residência na Região Sul do País.

Referente à formação no Ensino Regular, 46% declarou ter estudado apenas em Escolas Públicas, 32% em Escolas Particulares, 20% em Escolas Públicas e Particulares, enquanto apenas 2% declarou que a questão não se aplica às suas trajetórias. Referente à formação acadêmica, 62% dos colaboradores declararam ter realizado em universidades públicas, 34% em universidades privadas e 4% não se enquadram em nenhuma das outras duas alternativas.

Quanto à escolaridade, 54% declaram-se com “Ensino Superior Completo”, 12% com “Ensino Superior Incompleto”, 8% com “Mestrado” ou “Doutorado Incompleto”, 6% com “Pós-doutorado Incompleto”, acompanhados por 4% com “Mestrado completo”, “Ensino médio Completo“ e “Doutorado Completo” cada.

Quanto ao uso de Políticas Afirmativas para ingressar na universidade, 22% relatou ter ingressado por cotas raciais e, 12%, por PROUNI. 66% das pessoas que colaboraram ressaltaram, entretanto, que a questão não se aplica a elas.

Relativo ao tempo de atuação como crítico cinematográfico, “2 anos” foi a resposta mais frequente, com 16% das respostas. 14% responderam que atuam como crítico cinematográfico há “menos de um ano”. A mesma porcentagem se deu para “mais de 10 anos” e “4 anos” de atuação. 10% afirmou ter “3 anos” de atuação e a mesma porcentagem se apresenta para aqueles que declararam ter “1 ano” de atuação. Já para as categorias de “5 anos” e “6 anos” correspondem 6% dos colaboradores e colaboradoras, cada. Por fim, com “9 anos” e “8 anos” de atuação, equivalem a 4% e 2%, respectivamente. Outro dado que chama atenção é a frequência da remuneração desse trabalho. 6% das pessoas colaboradoras afirmam terem sido remuneradas “muitas vezes”, 18%, “algumas vezes” e 10%, “poucas vezes”, frente a 66% que nunca receberam nenhum tipo de remuneração.

Quando questionadas(os) se exercem outras funções além de atuar como crítica(o) de cinema, 92% das colaboradoras(es) responderam que “sim”, enquanto apenas 8% afirmaram que “não”.

conheça as pessoas que colaboraram